COMUNICAÇÕES ORAIS – GRUPOS DE TRABALHO – NORMAS PARA SUBMISSÃO
Prazo de submissão: 23/10/2024
Serão aceitos trabalhos de professores(as) de Sociologia da Educação Básica, professores(as) de Ciências Sociais do Ensino Superior, pesquisadores(as) e pós-graduandos(as). Os trabalhos deverão obedecer aos seguintes eixos temáticos:
GT 1 – História e Memória do ensino de Sociologia
A proposta deste GT é analisar a história do ensino de Sociologia no Brasil, colaborando para a compreensão não apenas de sua trajetória, mas também de sua presente configuração, marcada por diversos desafios e avanços. Nesse sentido, busca-se contemplar trabalhos que se voltem para a história e a memória do ensino de Sociologia/Ciências Sociais. Esforços de reconstituição histórica sob o viés institucional, legalista ou que lancem foco nos atores sociais são contemplados aqui em seus mais variados recortes temporais, sejam eles representativos de momentos históricos pontuais ou longitudinais, passando pelas primeiras experiências, no final do século XIX, até os períodos mais recentes, tais como os anos de 1980 e 2000, marcados pelo gradativo retorno da Sociologia à educação básica, bem como nas licenciaturas e cursos de especialização que têm como tema o ensino de Sociologia. O GT também admite trabalhos que, tomando artefatos históricos (diários de classe, atividades didáticas, manuais escolares, etc.), narrativas, discursos e arquivos pessoais ou de instituições, tenham como propósito desvelar a história e preservar a memória do ensino de Sociologia no Brasil. Importa abrigar variadas perspectivas teórico-metodológicas que deem voz a diferentes interpretações com relação à presença ou ausência da Sociologia no currículo e explorem os sentidos da disciplina em contextos históricos distintos.
GT 2 – Formação Docente
A Lei n. 11.684 de 2008, que reinseriu a Sociologia nas três séries da grade curricular do Ensino Médio, trouxe novos desafios para a formação de cientistas sociais, uma vez que ampliou as possibilidades de inserção profissional e, ao mesmo tempo, impactou as dinâmicas institucionais e curriculares das universidades. Esse cenário parece mudar com a reforma do Ensino Médio, a Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Médio e a resolução CNE/CP n. 2/ 2019, relativa à formação inicial de professores para a educação básica (BNC-Formação), impondo o debate crítico e urgente sobre a formação de professores diante dessas reformas estruturais. Além disso, recentes discussões trazem luz sobre novas práticas docentes em articulação com dinâmicas sociais de ruptura com a visão eurocêntrica, com vistas à atuação de professores mais crítica, insurgente, intercultural, pluriversal e (multi/trans/inter)disciplinar, a favor da chamada descolonização da escolarização. Nesse sentido, chama-se atenção para um cenário não apenas acadêmico, mas também de outros espaços formativos docentes, como coletivos, movimentos sociais e organizações com diversas configurações, bem como a própria escola. Neste GT, trata-se de contemplar trabalhos que discutam a formação e a atualização profissional de docentes de Sociologia, bem como os projetos políticos e pedagógicos que as pautam, tendo em vista a necessidade de maior diálogo entre instituições formais e informais que atuam nesse âmbito, frente aos desafios impostos pelas reformas educacionais em trânsito no país.
GT 3 – A Sociologia no currículo da Educação Básica
Desde 2016, a presença da Sociologia no currículo da Educação Básica tem passado por abalos. A implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a aprovação da Lei n. 13.415, de fevereiro de 2017, que instituiu a Reforma do Ensino Médio, ensejaram um conjunto de políticas educacionais que têm como características a indução ao ensino por áreas de conhecimento e a flexibilidade dos currículos. Essas políticas educacionais impactaram os currículos das redes de ensino estaduais, das escolas privadas e das licenciaturas, assim como o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e o Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD). Neste contexto, a posição da Sociologia ficou mais incerta do que no período anterior, uma vez que sua carga horária foi reduzida na maioria dos estados. Em 2023, com a volta do Partido dos Trabalhadores ao Governo Federal, inaugurou-se um novo período de discussão sobre o Ensino Médio. A Lei n. 14.945/2024 dá menos espaço aos itinerários formativos no ensino regular. Este GT objetiva justamente contemplar os trabalhos que abordem a discussão sobre as políticas curriculares e seus impactos nas práticas dos docentes de Sociologia, os fundamentos epistemológicos da Sociologia escolar, a relação entre currículo e avaliação, currículo e livro didático, entre outras temáticas, abarcando os Ensinos Fundamental e Médio.
GT 4 – Relatos de Experiência
Este GT se propõe a ser um espaço de relatos de experiências que apresentem como a Sociologia pode auxiliar os discentes a refletir sobre a realidade social em que vivem. O objetivo é trazer à luz problemas inerentes à conversão das Ciências Sociais para o contexto escolar, auxiliando os professores de Sociologia a refletirem e enriquecerem suas práticas cotidianas através do diálogo com seus pares. Procuramos contemplar trabalhos que sistematizem e debatam o conjunto de iniciativas e experiências de Ensino de Sociologia, tais como projetos pedagógicos, experiências didáticas, memória e utilização de diferentes recursos para o ensino da disciplina, seja no Ensino Médio ou no Ensino Fundamental. Além disso, dadas as atuais perspectivas educacionais e sociais, estão contemplados neste grupo trabalhos que exponham resultados de experiências de interdisciplinaridade da Sociologia com outras disciplinas; de Iniciação Científica, Projetos de Extensão, PIBID, Residência Pedagógica, Prodocência ou outros programas de iniciação à docência das universidades; assim como outros relatos pertinentes ao Ensino de Sociologia.
GT 5 – Escola e Sociedade: Relações de Classe, Étnico-raciais e de Gênero
O GT 5 recebe trabalhos, elaborados a partir dos aportes teórico-metodológicos das Ciências Sociais, que contemplem investigações empíricas e teóricas no que tange às relações entre a escola e as diversas instituições sociais. Trabalhos que enfatizem, especialmente, as pesquisas voltadas para o espaço escolar e as tensões nele existentes no campo das relações de classe, étnico-raciais e de gênero. Contempla pesquisas sobre como o ensino de Sociologia tem contribuído para mitigar as desigualdades sociais e as práticas sociais incompatíveis com valores democráticos (preconceitos, segregações, violências, entre outras práticas), seja em perspectiva disciplinar ou em perspectiva transversal (amparadas na Lei n. 11.645, de 10 de março de 2008 – História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena – ou em políticas públicas de promoção da igualdade de gênero e direitos humanos). O GT 5 também acolherá trabalhos que discutam as relações família-escola, escola-comunidade, escola-religião, escola-política etc., com especial interesse nos estudos que versem sobre as fronteiras entre escola e sociedade e como afetam o ensino de Sociologia na educação básica, seja no Ensino Médio ou no Ensino Fundamental. Serão bem-vindos, igualmente, trabalhos que contemplem abordagens comparativas dentro desse escopo temático.
GT 6 – Ciências Sociais e Interdisciplinaridade na Educação Básica
As políticas curriculares educacionais têm sido direcionadas a uma concepção interdisciplinar do conhecimento. Exemplos disso são as avaliações educacionais em larga escala, como o SAEB e o ENEM, as Diretrizes Curriculares Nacionais, as Orientações Curriculares para o Ensino Fundamental e Médio e a Base Nacional Comum Curricular. O objetivo deste GT é ser um espaço de reflexão e debate sobre as questões teórico-conceituais e efeitos didático-pedagógicos dessa orientação. Nesse sentido, cabe não apenas problematizar a questão da interdisciplinaridade das Ciências Sociais com outras áreas de conhecimento, como também indagar acerca do papel dos componentes curriculares disciplinares – Filosofia, Geografia, História e Sociologia – na área de “ciências humanas e sociais aplicadas”, a partir de perspectivas diversas.
Normas para submissão de trabalhos em Grupos de Trabalho (GT):
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Serão aceitos trabalhos de professores(as) de Sociologia da Educação Básica, professores(as) de Ciências Sociais do Ensino Superior, pesquisadores(as) e pós-graduandos(as).
Obs.: Estudantes da Educação Básica e da Graduação (licenciatura ou bacharelado) deverão enviar proposta apenas na modalidade Postagem Sociológica, a não ser que sejam coautores de um trabalho cujo(a) autor(a) principal seja professor(a) de Sociologia da Educação Básica, professor(a) de Ciências Sociais do Ensino Superior, pesquisador(a) ou pós-graduando(a).
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Além do(a) autor(a) principal, o trabalho poderá ter mais 2 coautores(as), totalizando, então, o máximo de 3 autores(as).
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Todos os(as) autores(as) deverão se inscrever no evento, mas apenas o(a) autor(a) principal deverá inscrever o trabalho no site do 8º ENSOC.
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No 8º ENSOC, já na inscrição deverá ser submetido o trabalho completo, e não apenas um resumo.
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Na inscrição, deverá ser escolhido e indicado para qual dos 6 GTs disponíveis o trabalho está sendo submetido.
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O texto a ser submetido e apresentado nos Grupos de Trabalho deverá ter entre 6 e 15 laudas (incluindo Referências, gráficos, imagens e/ou anexos).
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Utilizar margens de 2,5 cm à esquerda, à direita, superior e inferior em formato de papel A4.
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Digitar o texto em Word (Windows 97-2003), fonte Times New Roman, tamanho 12, espaçamento 1,5 entre linhas (em todo o texto) e parágrafos em modo justificado. Utilizar paragrafação automática.
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Para texto citado com mais de três linhas, adentrar o texto em 4 cm e utilizar espaço simples e fonte Time New Roman, tamanho 10.
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Para texto citado com menos de três linhas, usar aspas no próprio corpo do texto.
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Utilizar notas de pé de página com fonte Times New Roman, tamanho 10.
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Digitar todos os Títulos de seções com fonte Times New Roman, tamanho12, em negrito e recuado à esquerda. Todos os títulos devem ser redigidos duas linhas após o último parágrafo da seção anterior (pular linha). Os títulos de seções são numerados com algarismos arábicos seguidos de ponto (por exemplo, 1. Introdução, 2. Fundamentação teórica). Apenas a primeira letra de cada subtítulo deve ser grafada com caracteres maiúsculos, exceto nomes próprios.
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O Título do trabalho deverá vir na primeira página, centralizado, em negrito. O nome do/a (s) autor/a (s), deverá vir abaixo do título, com alinhamento à direita, seguido imediatamente do nome da instituição e endereço eletrônico. Deve-se informar também para qual GT está sendo submetido.
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As referências no texto devem ser indexadas pelo sistema autor data. Para citar, resumir ou parafrasear um trecho da página 36 de um texto de 2005 de Pedro da Silva, a indexação completa deve ser (SILVA, 2005, p. 36). Quando o sobrenome vier fora dos parênteses deve-se utilizar apenas a primeira letra em maiúscula. Citações no meio do texto sempre devem vir entre aspas e nunca em itálico.
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As Referências devem ser antecedidas da expressão Referências, em negrito e devem constar na parte final do texto. A primeira referência deve ser redigida na segunda linha abaixo dessa expressão. Os(as) autores(as) devem ser citados(as) em ordem alfabética, sem numeração, com espaço simples entre as referências; o principal sobrenome do(a) autor(a) em maiúsculas, seguido de vírgula e iniciais dos demais nomes do(a) autor(a).
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O arquivo do trabalho deverá ser nomeado com o número do Grupo de Trabalho para o qual está sendo submetido (Ex. GT1, GT2...) e o nome do(a) autor(a) principal.
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Depois da realização do 8º ENSOC, haverá um prazo para que os(as) autores(as) que efetivamente tenham apresentado seus trabalhos no evento e queiram vê-los publicados nos Anais com ISBN enviem as versões finais para publicação.
ATENÇÃO: O TEXTO DEVERÁ SER ELABORADO NO TEMPLATE DO 8º ENSOC E ENVIADO EM PDF. OS TRABALHOS QUE NÃO SEGUIREM AS NORMAS NÃO SERÃO AVALIADOS.